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Chegada do inverno traz alerta para vacinação contra a meningite e outras doenças respiratórias comuns para essa época do ano

Crianças são mais suscetíveis à meningite, mas adultos também devem se precaver e incluir no calendário a imunização contra gripe, pneumonia, coqueluche e difteria.

A chegada dos dias mais frios acende o alerta para a proteção contra as doenças mais comuns dessa época do ano como a meningite e as doenças respiratórias – gripe, pneumonia, coqueluche e difteria. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, só no ano passado foram registrados 246 casos de meningite em Santa Catarina com 27 mortes pela doença. Apesar de as crianças menores de cinco anos terem maior risco no caso de infecção, pessoas de todas as idades podem contrair a doença. Por isso, a enfermeira Miriam Regina Fuck reforça a importância da vacinação. 

“Geralmente as crianças são as mais afetadas e correm maior risco de complicações, mas o alerta fica também para adolescentes e pais que podem ser infectados e também desenvolver formas graves. Por isso, a vacinação é tão importante”, explica a enfermeira que é responsável técnica pela Bravacinas, clínica de vacinação em Balneário Camboriú e Itajaí.

A meningite é a inflamação das meninges, membranas que envolvem e protegem o Sistema Nervoso Central, causada por uma infecção viral, bacteriana ou fúngica. A mais perigosa é a bacteriana, que pode deixar graves sequelas, evoluir de forma fulminante e até matar em poucas horas. O risco de contraí-la é maior em crianças menores de cinco anos e principalmente nos menores de 12 meses.

A melhor forma de evitar a doença é a imunização. O SUS oferece gratuitamente nos postos as vacinas contra a Hemofilo B (Haemophilus influenzae tipo b) , meningite C (indicadas para bebês aos 3 e 5 meses e com reforço aos 12 meses); desde março de 2020, a vacina meningocócica ACWY é oferecida no sistema público para adolescentes de 11 a 12 anos. “São exatamente os jovens que são responsáveis por boa parte da transmissão dos meningococos na comunidade, por isso é tão importante alcançar uma boa cobertura vacinal nessa faixa etária; e, para garantir a imunização e uma proteção mais completa contra a meningite, é preciso receber também outras vacinas, que são encontradas somente em clínicas particulares, como a meningocócica B e a vacina pneumocócica 13v”, acrescenta a enfermeira.

Previna-se também das doenças respiratórias

Além da gripe, há diversas outras doenças respiratórias muito perigosas que podem ser evitadas com a vacinação, como a difteria, que é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, e pode se espalhar facilmente por meio de espirros e tosse. Entre seus sintomas estão febre baixa, dor de garganta e calafrios alguns dias após o contato com a bactéria. Quando não tratada precocemente, a infecção pode espalhar toxinas por todo o corpo e causar problemas muito graves, como dificuldade para engolir, paralisia e insuficiência cardíaca e/ou respiratória.

Outra doença respiratória preocupante é a coqueluche (ou tosse comprida), que é causada pela bactéria Bordetella pertussis, afetando as vias aéreas superiores, provocando uma tosse severa e seca. Apesar da vacina existir desde os anos 1940, a comunidade científica ainda acredita que a doença é mais comum do que pensamos, em especial nos adolescentes. Por isso, a vacinação continua sendo importante.

“A comunidade não precisa ter medo de se vacinar, porque as vacinas são desenvolvidas a partir de vírus e bactérias inativados (mortos) ou atenuados (enfraquecidos), e antes de chegarem às clínicas privadas (como é o caso da Bravacinas) ou aos postos de saúde (SUS), passam por rigoroso processo de análise internacional, atestando sua eficácia e segurança, assim como vem acontecendo com as vacinas contra a Covid”, completa.

Tipo de vacinaFaixa etáriaOnde encontrar
Meningite – Hemofilo BCrianças a partir de 2 meses, até 5 anos de idade.SUS e clínicas privadas.
Meningite – Meningite CO SUS prevê a vacinação aos 3 e 5 meses, e um reforço aos 12 meses, que pode ser aplicado até antes de completar 5 anos. Para adolescentes, uma dose é oferecida entre os 11 e 12 anos (como reforço ou dose única, a depender da situação vacinal).Já nas clínicas privadas a dose é ofertada para crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos.SUS e clínicas privadas.
Meningite – Meningocócica ACWYA vacina pode ser aplicada a partir dos 2 meses de idade. Iniciando aos 3 meses, há necessidade de uma segunda dose aos 5 meses e o 1º reforço entre 12 a 15 meses. O 2º reforço é indicado 5 anos após a o 1º reforço, geralmente a criança tem entre 5 ou 6 anos de idade.Adolescentes e adultos podem tomar a qualquer momento.No SUS, a vacina meningocócica ACWY está disponível para adolescentes entre os 11 e 12 anos.SUS e clínicas privadas.
Meningite – Meningocócica B
A vacina pode ser aplicada a partir dos 2 meses de idade até os 50 anos. Recomenda-se para as crianças uma dose aos 3 meses, segunda dose aos 5 meses e reforço entre 12 e 15 meses de idade.Clínicas privadas.
Meningite – Pneumocócica 13vA vacina pode ser tomada a partir de 6 semanas.  Nas crianças de até 6 meses são necessárias 3 doses, com reforço após 12 meses. De 12 a 23 meses são recomendadas 2 doses, e a partir dos 24 meses, somente 1 dose. Clínicas privadas.
Gripe – TrivalenteIdosos, profissionais de saúde, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários, professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, pessoas com doenças crônicas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, povos indígenas, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, mães no pós-parto, pessoas com deficiência, professores de escolas públicas e privadas e pessoas de 55 a 59 anos de idade.SUS.
Gripe – TetravalenteTodas as pessoas a partir dos 6 meses de idade, com uma atenção maior para idosos, gestantes, pessoas com problemas respiratórios como rinite, sinusite, etc., pessoas de 5 a 50 anos de idade que tenham contato com idosos ou portadores de doenças cardíacas, pulmonares, diabetes, disfunção renal, hemoglobinopatias ou imunossupressão; trabalhadores da saúde; indivíduos que queiram diminuir o risco de Influenza (lembrando que qualquer faixa etária pode contrair a doença); e viajantes para áreas de alta incidência de gripe.Clínicas privadas.
Difteria (DTP e dT)DTP aos 15 meses e 4 anos de idade e dT a partir de sete anos de idade. Se a pessoa estiver com esquema vacinal completo (três doses) para difteria e tétano, deve tomar uma dose a cada 10 anos após a última dose.SUS e clínicas privadas.
CoquelucheAs vacinas, do tipo celular, devem ser aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade. Os reforços devem ser feitos com a vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche – DTP), aos 15 meses e aos quatro anos de idade. Há também a vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) para gestantes e profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal, atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano.SUS e clínicas privadas.
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