fbpx

SC vacina contra a febre amarela em municípios na fronteira com o RS

A notificação de febre amarela em municípios do Rio Grande do Sul levou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde a disponibilizar a vacina contra a doença para a população de nove municípios catarinenses que fazem divisa com o estado gaúcho. As doses estão sendo aplicadas gratuitamente, nos postos de saúde, desde o dia 25 de abril, simultaneamente à vacinação contra a gripe. A orientação é para que sejam vacinados todos os moradores, a partir de um ano de idade, das cidades de Anita Garibaldi, Capão Alto, Campo Belo do Sul, Campos Novos, Capinzal, Celso Ramos, Cerro Negro, Piratuba e Zortéa.

Desde que o Ministério da Saúde anunciou a circulação do vírus da febre amarela no Brasil, em 2008, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica passou a oferecer a vacina à população de 59 municípios. Agora, mais nove cidades foram incluídas à lista e a expectativa é que 83 mil pessoas sejam imunizadas contra a doença. “É uma medida de prevenção, já que em Santa Catarina não existe registro de ocorrência de febre amarela nem mesmo em macacos, que vivem na mata e seriam vítimas muito mais fáceis do que os humanos”, observa Luís Antônio Silva, diretor estadual de Vigilância Epidemiológica. “Não há motivo para alerta no Estado. Esta é uma medida com caráter preventivo, para aumentar o nível de segurança da população”, completa.

A febre amarela urbana foi erradicada no Brasil em 1942. Como o vírus continua a circular na natureza, permitindo inclusive o registro de epizootias (morte de macacos, que são os hospedeiros do vírus), o Ministério da Saúde definiu, em 2008, uma área de Santa Catarina, composta por 28 municípios, a ser considerada “Área de Transição” da doença. Isso significa que ali já houve a circulação ocasional do vírus da febre amarela entre primatas (macacos). Ainda no ano passado, mais 31 municípios passaram a ter a vacina disponível. “É muito importante esclarecer que só pode receber a vacina quem nunca foi vacinado contra a febre amarela ou quem foi imunizado contra a doença há mais de 10 anos”, enfatiza Suzana Zeccer, gerente de Vigilância das Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica.

Além de disponibilizar a vacina, a Secretaria de Estado da Saúde mantém vigilância sistemática do Aedes Aegypti, que é transmissor da febre amarela na área urbana e da dengue. O controle dos focos evita tanto a sua instalação quanto a dispersão da doença. A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável. A forma grave caracteriza-se clinicamente por insuficiência hepática e renal, e pode levar à morte.

Portadores do HIV têm mais defesa contra a Gripe A
Saúde alerta para a vacinação contra febre amarela

Posts relacionados

Nenhum resultado encontrado.