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Vacina contra ebola vai ser testada em humanos

Cientistas americanos esperam poder testar, em breve, uma vacina experimental contra o ebola, que, se for bem sucedida, pode imunizar até 2015 os trabalhadores de saúde que estão na linha de fogo enquanto a África sofre a maior epidemia da doença com mais de 800 mortos.

As primeiras tentativas de desenvolver uma vacina contra a febre hemorrágica começaram pouco depois da descoberta da doença, em 1976, mas a falta de investimento por parte da indústria farmacêutica estancou estes esforços.

No entanto, no próximo mês de setembro, os Institutos Nacionais da Saúde dos Estados Unidos (NIH) começarão a fazer os primeiros testes em humanos de uma vacina que se mostrou promissora nas experiências em macacos.

“Estamos começando a discutir alguns acordos com empresas farmacêuticas para acelerar (as pesquisas)”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos.

Sintomas
O vírus provoca dores, febre, vômitos, diarreia e hemorragias. Desde março, matou 60% dos infectados, ou seja, 729 pessoas, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde.

A vacina existe, mas não há mercado
Até agora, não se conseguiu convencer as companhias farmacêuticas a investir em uma vacina contra o Ebola.

“Com surtos esporádicos, que afetam normalmente um pequeno número de pessoas na África Central, não existe realmente um mercado comercial” para uma vacina contra o ebola, escreveram Andrea Marzi e Heinz Feldmann, do Laboratório de Virologia do NIAID, em artigo científico publicado em abril.

No entanto, “há várias plataformas de vacinas prontas para testes clínicos”. Algumas destas vacinas já demonstraram ter de 80% a 90% de eficácia em testes feitos com macacos, e nenhuma teve efeitos colaterais que ameaçassem a vida dos primatas, explicou o professor da Universidade de Cambridge, Peter Walsh. Mas o processo foi comprometido, já que os reguladores dizem não ser ético inocular em humanos hoje afetados na África vacinas que ainda não passaram por todas as fases de experimentação.

“Este argumento – de que não é ético usar vacinas sem licença – é simplesmente estapafúrdio”, disse Walsh à AFP, acrescentando que o NIAID está há uma década trabalhando nesta vacina. “O ético é tratá-los, vaciná-los. É o que seria lógico. O escandaloso é que não o façamos”, disse.

Enquanto isso, os especialistas só podem aconselhar medidas preventivas, como isolar os pacientes infectados, tomar precauções extremas para evitar o contato com fluidos corporais e enterrar rapidamente os mortos.

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