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Campanha de vacinação e cuidados diários são armas para evitar a gripe

A campanha nacional de vacinação contra a gripe, que terá como tema “Vacinação contra a gripe: você não pode faltar”, começa no dia 22 de abril e seguirá até 9 de maio, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o País. A novidade é a ampliação da faixa etária do grupo prioritário para crianças de seis meses a menores de cinco anos. No ano passado, o público infantil foi de seis meses a menores de dois anos. Esse ano, a prevenção contra o vírus influenza, responsável pela doença, é ainda mais importante. Isto porque, segundo os especialistas, a situação é de alerta por conta da Copa do Mundo, que trará milhares de turistas ao Brasil, em junho e julho.

“Nós estamos preocupados com esse grande evento. Irá trazer torcida, mas também muitos vírus e bactérias para o País”, afirma Rosana Richtmann, médica infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo. Segundo o Ministério da Saúde, até novembro do ano passado, foram registradas 5.944 hospitalizações no Brasil, no grupo mais impactado pelos efeitos do influenza. Muitas pessoas fazem parte do grupo de risco e podem receber a vacina gratuitamente nos postos de saúde, mas desconhecem a própria condição e o direito de receber a dose.

Rede contatos

“Toda vez que uma pessoa tem gripe, ela transmite para mais duas com baixa imunidade”, aponta a médica Lucia Bricks, diretora de Saúde Pública da Sanofi Pauster Brasil, laboratório responsável pelas vacinas. Além de proteger a saúde própria, uma pessoa imunizada também protege toda a sua rede de contatos – família, amigos, colegas de trabalho e outros. Para o professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, José Cássio de Moraes, a cobertura da campanha nacional é satisfatória e modelo a ser seguido. “Somos os únicos que atingimos cerca de 80% da população do grupo de vacinação”, afirma. As crianças são apontadas como as maiores transmissoras do vírus influenza. Nelas, o ciclo do vírus pode durar até 14 dias, mais que o dobro do tempo nos adultos. A falta de noções de higiene também aumenta os riscos.

Desconfiança

Apesar dos avanços, parte da população ainda encara com desconfiança as vacinas antigripais. De acordo com Rosana Richtmann, os mais resistentes à dose alegam ser possível contrair o vírus mesmo depois da vacinação. “É impossível a vacina causar a gripe, porque o vírus presente na dose está morto”, desmente Rosana. Muitos resfriados também são erroneamente confundidos com os sintomas do influenza. “As pessoas têm coriza e acham que é gripe, mas praticamente não existe gripe sem febre e tosse”, destaca a infectologista. O medo das reações também afasta a população. Os especialistas afirmam que após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e induração. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos passam, na maioria das vezes, em 48 horas. Os médicos destacam ainda que a vacina começa a gerar efeito, em média, após 14 dias da injeção.

Quem não pode
A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.

Quem recebe a vacina gratuitamente

– Crianças de 6 meses a menores de 5 anos

– Gestantes

– Puérperas, até 45 dias após o parto

– Pessoas a partir dos 60 anos

– Indígenas

– Trabalhadores de saúde

– População privada de liberdade

– Pessoas portadoras de doenças crônicas e outros grupos de risco: doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos e transplantados

– Pessoas não incluídas poderão procurar vacinação em clínicas privadas. A dose

custará cerca de R$ 100.

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