Herpes zóster é uma doença viral infecciosa, que pode causar erupções (bolhas) na pele e dor intensa. Qualquer região do corpo pode ser atingida, porém, é mais comum no tronco e rosto. As reações se manifestam em forma de faixa, em um dos lados do corpo.
A doença é causada pela reativação do vírus varicela zóster, o mesmo da catapora. Pessoas que, em algum momento, tiveram catapora e ficaram com o vírus “adormecido” no corpo, são propensas à doença. Apesar de não representar risco de vida, pode provocar quadros dolorosos crônicos com intensa repercussão na qualidade de vida de quem adoeceu.
Causas e sintomas
O vírus varicela zóster estabelece uma infecção latente nos gânglios nervosos (tecidos nervosos ao longo da coluna). O zóster é quando o vírus reativa destes locais e “viaja” pelas vias nervosas, chegando até a pele.
Alterações na imunidade como o envelhecimento, causado por algumas doenças ou seu tratamento, predispõe o aparecimento do zóster. Um em cada 3 adultos acima de 50 anos desenvolverão a doença.
A transmissão é rara, mas pode acontecer em pessoas que não estão imunes (isto é nunca tiveram catapora). O vírus pode ser transmitido através do contato da pele (direto com as lesões, em apertos de mão ou abraços) ou por gotículas respiratórias no ar (espirro ou tosse).
Apesar de poder se manifestar em qualquer parte do corpo, as erupções do herpes zóster costumam aparecer no meio das costas, em direção ao peito, podendo até aparecer pelo rosto. Os sintomas podem surgir antes mesmo das lesões da pele, como dores, ardor e sensação de formigamento na área dos nervos afetados, calafrios e distúrbio gastrointestinal.
Na fase eruptiva, quando surgem as lesões bolhosas, a pessoa sentirá dores fortes, descritas como “agulhas penetrantes na pele”. As lesões cicatrizam espontaneamente entre 5 a 7 dias, formando uma crosta que vai desaparecer.
A fase crônica do herpes zóster é conhecida como neuralgia pós-herpética. Esta fase atinge de 10 a 15% das pessoas, portanto uma complicação comum em uma doença tão frequente. Sua duração é de pelo menos 3 meses, podendo permanecer por mais tempo, às vezes por anos. Seus principais sintomas são pontadas e queimação na área das lesões, dor intensa e persistente no local afetado e sensibilidade extrema ao toque.
Não permita que a doença chegue a essa fase. Percebendo os primeiros sintomas, procure ajuda médica.
Tratamento
Até o momento, o herpes zóster não tem cura, porém o tratamento adequado pode reduzir e prevenir complicações. Quanto mais cedo for diagnosticado e iniciado o tratamento, maiores são as chances de evitar as complicações.
Entre os tratamentos mais comuns estão os medicamentos antivirais (para reduzir a dor e a duração das lesões), medicamentos para a dor, prevenção das infecções secundárias e banhos frios/compressas úmidas na região (para aliviar a coceira e dor).
Se a dor persistir por mais de 3 meses instala-se a neuralgia pós-herpética que deve ser tratada adequadamente caso a caso.
Prevenção
A única forma de prevenção do herpes zóster é a vacinação. A vacina do vírus está liberada para pessoas com 50 anos ou mais. É administrada em dose única, por injeção subcutânea. As crianças que recebem a vacina contra a varicela, também estarão protegidas do herpes zóster.
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