A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e toda a medula espinhal (meninges), causando sintomas como dores de cabeça fortes, febre, náusea e rigidez do pescoço. Ela pode ser de origem viral ou bacteriana. Entre todos os tipos, a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo), é a mais perigosa.
A boa notícia é que existe vacina contra os diferentes tipos desta bactéria. E, neste artigo, você confere as principais informações sobre a imunização desses 3 grupos etários.
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Crianças são mais suscetíveis a quadros graves de meningite
Isso ocorre porque o sistema imunológico das crianças (e também dos adolescentes) é imaturo para combater a bactéria. Portanto, o desenvolvimento da doença pode deixar sequelas graves ou até mesmo levá-los a óbito.
Por esta razão, a imunização deve ser iniciada já nos primeiros meses de vida. A recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é que sejam aplicadas a vacina meningocócica conjugada ACWY, que protege contra esses quatro tipos, e a meningocócica B.
Vale destacar, ainda, que crianças em creches, berçários e escolas podem ficar ainda mais expostas a novos agentes infecciosos, devido ao convívio com outras crianças em locais fechados e aglomerados. Neste sentido, é importante ter atenção redobrada com a higiene da criança e dos ambientes que ela frequenta. Além, é claro, de manter o cartão de vacinação sempre atualizado.
Adolescentes são os principais transmissores e também precisam se proteger
O mais assustador na doença meningocócica, além de possíveis sequelas irreparáveis, é o seu potencial de matar em 24 horas após o início dos sintomas. Apesar de crianças abaixo dos 5 anos serem as mais suscetíveis aos casos graves da doença, ela pode ser adquirida por pessoas de qualquer idade.
E os adolescentes também precisam de imunização, não apenas para se protegerem, mas também porque estão entre os principais transmissores da bactéria, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estimativa é que cerca de 20% dos jovens possam se tornar portadores temporários da bactéria e, neste período, transmiti-la para outras pessoas. Isso não significa que ficarão doentes. O o adoecimento depende de vários fatores, como o seu sistema imunológico. Mesmo que não apresente sintomas, o adolescente está sujeito a transmitir para outras pessoas pela saliva, seja compartilhando louças e canudos, beijando ou a partir de gotículas de tosse e espirro.
A vacinação na adolescência, portanto, é uma estratégia de saúde coletiva que beneficia tanto o vacinado quanto toda a comunidade em que ele está inserido.
Quando adultos devem se vacinar contra a meningite?
Em adultos, a urgência em relação à proteção contra a meningite não é tão alta quanto nas crianças. Nesse público, o risco de desenvolver um quadro grave da doença é bem menor. Mas, atenção! Isso não quer dizer que adultos estão imunes à doença.
Pessoas entre 20 e 60 anos devem se vacinar em três situações:
- Quando possuem deficiências imunológicas, como portadores de HIV, ou acometidas pelas deficiências por conta de tratamento contra o câncer; se perderam o baço, têm determinadas anemias e se usam medicamentos biológicos para tratar doenças inflamatórias;
- Quando houver surto da doença na região onde você mora (por isso, é importante ficar sempre atento às áreas de maior incidência);
- Quando for viajar a algum local onde há risco aumentado da doença (sempre checar os dados do local assim que agendar a viagem e tomar a vacina se tiver se imunizado pela última vez há mais de 5 anos).
Em 2019, houve 13 óbitos por doença meningocócica em Santa Catarina, sendo que 4 casos ocorreram em nossa região envolvendo os municípios de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes.
A taxa de letalidade varia, mas pode chegar a números alarmantes. Em 2019, dados mais recentes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado, 23% das pessoas que contraíram meningites em Santa Catarina foram a óbito – o que exige um alerta maior.
Portanto, se você é adulto(a), é válido fazer uma avaliação do sistema imune para checar a necessidade desta vacinação.
Meningite em idosos: gravidade da doença e vacinação
No caso dos idosos, a prevenção em relação à meningite é condicional à saúde geral do indivíduo e às situações epidemiológicas e geográficas (incidência de meningites na região onde moram ou que visitam).
Isso porque, à medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunológico vai ficando mais frágil, o que aumenta a possibilidade de contrair doenças infecciosas.
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), então, sugere uma dose da vacina em caso de viagens para lugares de risco ou em surtos da doença.
No entanto, sugere a aplicação de uma dose em casos de surtos e viagens para áreas de risco. Ou seja, quem deseja evitar a doença, pode ser vacinado.
Nesse sentido, por se tratar de doença grave e que se desenvolve muito rapidamente, é interessante que o idoso converse com o seu médico sobre a viabilidade da imunização.
Você está em dia com a imunização contra meningite? E os seus filhos, seus pais?
Para saber se é o momento certo de se imunizar, entre em contato com a Bravacinas! Nossa equipe técnica está preparada para tirar todas as suas dúvidas. Clique aqui e converse com a gente pelo WhatsApp.